18/12/2012

Natal ‘às escuras’ na Baixa afasta clientes


Associação de Comerciantes da zona diz que sem as iluminações decorativas ninguém tem vontade de passear pelas lojas. Comerciantes estão a instalar as luzes por conta própria.


 Farto de ver a Baixa de Faro "abandonada" na época natalícia, António Lopes resolveu ‘pegar no escadote’ e pôr mãos à obra. "Já que a Câmara não quis iluminar a zona, comprei eu as luzes, o arame e as fichas eléctricas para dar vida à rua de Santo António", explica o proprietário da loja Pallo Ram, um dos vários comerciantes que se queixam da falta de animação (e de clientes) na zona comercial da cidade. Segundo António Lopes, que tem a porta aberta desde 1966 e mais duas lojas em Faro, quase todos os comerciantes da Baixa farense já "vestiram a camisola" e aderiram à iniciativa. Muitos colocam luzes em frente às próprias lojas, fazendo a ligação eléctrica aos estabelecimentos.

O objectivo é dar a volta ao "pior Natal de sempre, com menos visitantes e um volume de vendas catastrófico", assegura. Também para o presidente da Associação de Comerciantes da Baixa de Faro, Luís Barão, o mau negócio neste Natal está relacionado com a poupança nas de-corações. "A Baixa sempre foi o cartão-de-visita da cidade e agora, sem o chamariz das luzes, ninguém se aproxima e ninguém se sente atraído a passear pelas ruas nesta quadra", explica. A Associação do Comércio e Serviços da Região do Algarve (ACRAL) lamenta que as iluminações sejam vistas como despesa e não como investimento. "Sem luzes, o Natal passa despercebido junto às lojas", argumenta o presidente, João Rosado. De acordo com a ACRAL, no Algarve só as autarquias de Vila Real de Santo António e Loulé mantiveram iluminações, e neste último concelho apenas de forma parcial. "Sem zonas pedonais e comerciais iluminadas, o comércio tradicional não consegue competir com as grandes superfícies, que têm fortes estratégias de marketing", argumenta João Rosado.

O Seu Café

Sentado no restaurante para celebrar o 100º aniversário, Manuel Madeira Caetano frisa: "Escreva no jornal que eu sou o ‘Vinagreiro do Algarve’". Assim ficou conhecido, "no Alto e Baixo Alentejo", onde "durante 70 anos" foi ‘viajante’. Era agente de bebidas, que vendia pelas terras onde passava. Apesar da profissão, só uma vez experimentou álcool – medronho – e não gostou. Aos cem anos, gaba-se, ainda, de nunca ter tomado qualquer medicamento.

O ‘Vinagreiro do Algarve’ nasceu a 16 de Dezembro de 1912, em Loulé. Contemporâneo e amigo de António Aleixo, recorda que era ele quem passava para o papel muitas das quadras do poeta, que não sabia escrever. Manuel Madeira Caetano assegura que tem, igualmente, ‘queda’ para as rimas, e ainda hoje se assume como "um poeta repentista". A qualidade, de resto, até há pouco tempo, ainda lhe trazia proveitos. "Ele conduziu até aos 94 anos e só parou porque lhe vendemos o carro", confidencia a filha, Ana Luísa. "Para renovar a carta ia a um médico a quem fazia quadras como pagamento", desvenda.
Além de Ana Luísa, o ‘Vinagreiro do Algarve’ tem outro filho, quatro netos e três bisnetos, que com ele celebraram, ontem, em Faro, o centenário. A festa foi ao almoço, no restaurante Seu Café, do qual é um dos proprietário fundadores. "Foi o próprio restaurante que fez questão de fazer a festa aqui", explica Ana Luísa. E o pai, com um ar jovial que desmente a verdadeira idade, nada teve a opor.
Entre os hábitos diários, que ainda incluem uns passeios a pé, o centenário tem a leitura do CM. "Há 20 anos que o compro todos os dias", garante Manuel Madeira Caetano. E, por isso, volta a recomendar: "Escreva lá no jornal que eu sou o ‘Vinagreiro do Algarve’". 




Retirado de C.M.

E TU JÁ ÉS SÓCIO do FARENSE?


Baixa de Faro

Em Faro,  todos se queixam que a baixa "está morta, não tem movimento", mas desta maneira é impossivel circular na baixa farense ...











Autarquia de Faro oferece cabazes de Natal a trabalhadores e famílias


A Câmara Municipal vai distribuir cabazes de Natal a partir do próximo dia 21 de dezembro.

Estão abrangidos por esta ação todos os trabalhadores do Município, cujo vencimento base seja igual ou inferior a 750 € (setecentos e cinquenta euros) mensais, num total de 497 trabalhadores e a 210 famílias carenciadas de todo o concelho de Faro.

O cabaz é composto por bens alimentícios e a iniciativa conta com o envolvimento das Juntas de Freguesia do concelho.

15/12/2012

Incêndio em casa desaloja família

Uma habitação na Baixa da cidade de Faro foi consumida pelas chamas, na madrugada de ontem, após ter deflagrado um incêndio na sala, causado, ao que parece, por um curto-circuito numa tomada. Um casal, a filha e uma idosa ficaram desalojados e estão a viver num café.

A idosa, de 70 anos, e a jovem, de 18, estavam na habitação quando incêndio deflagrou, cerca das 00h30, e tiveram de receber assistência hospitalar. "Tentei apagar o fogo, quando estava ainda só na sala, com uma mangueira, mas a pressão da água era muito fraca e as chamas eram muito fortes", recordou ao  Nélson Queimado, 41 anos, vizinho que socorreu a família. "A rapariga veio pedir-me ajuda e eu não hesitei. Ainda consegui trazer para fora umas mantas em chamas, mas quando o fogo chegou ao sofá começou a consumir a casa rapidamente", explicou ainda Nélson, lembrando que a idosa, de cerca de 70 anos, demorou a sair de casa para tentar salvar os pertences. Ao que o CM apurou, a avó e a neta foram assistidas no hospital de Faro devido à inalação de fumos, mas tiveram alta ainda durante a madrugada.
O incêndio foi combatido pelos Bombeiros Sapadores de Faro e, ao que o CM apurou, terá começado num curto-circuito numa tomada da sala. O tecto de madeira serviu de combustível para as chamas consumirem cerca de 70 por cento da moradia na rua Teófilo Braga, deixando a família desalojada. Segundo sabe o CM, a família está a viver num café do qual o casal é proprietário.

Retirado do "C.M."