11/11/2010

Groundforce abandona Faro

A Groundforce vai suspender todas as operações no aeroporto de Faro, decisão que atira 336 trabalhadores da maior empresa prestadora de serviços em terra nos aeroportos portugueses para o desemprego. O anúncio foi feito durante a tarde de ontem pelo administrador delegado da companhia, Fernando Melo, que alegou a necessidade da empresa reduzir custos. “A suspensão da operação da Groundforce no aeroporto de Faro visa reduzir os prejuízo da empresa, condição que é indispensável à viabilização do seu futuro e dos restantes dois mil postos de trabalho”, revelou o responsável em conferência de imprensa.

Depois de o ministro das Obras Públicas e Transportes, António Mendonça, ter encarado os despedimentos como parte de “um processo de reestruturação” da Groundforce, que é detida a 100 por cento pela TAP, o PCP e Bloco de Esquerda (BE) criticaram a posição do Governo. No Parlamento, o deputado comunista Jorge Machado questionou a “política de emprego” da empresa que “despede 300 trabalhadores efetivos quando tem 600 funcionários em empresas de trabalho temporário”, sublinhou. Já Mariana Aiveca, do BE, frisou o facto de a companhia de handling pertencer ao Estado, tendo assim responsabilidades acrescidas no processo.
Os trabalhadores da Groundforce reúnem-se hoje em plenário para decidir as formas de luta a adotar perante estes despedimentos.

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