23/05/2010

Macário Correia

Portugal entrou num ponto crítico em termos de gestão financeira, de credibilidade e de confiança no futuro.

Faro está preparando um plano de reequilíbrio financeiro, um recurso legalmente obrigatório, a que até hoje só recorreram 4 dos 308 Municípios de Portugal.

Não é assim por qualquer vontade subjectiva. É um imperativo, nos termos de uma lei de 2008. Os parâmetros de gestão entraram num tão grande desequilíbrio, que não há alternativa. O que aconteceu de 2001 a 2009 foi matematicamente um desastre. Agora é toda uma geração que se vê obrigada a pagar as dificuldades e os erros do passado.

Temos duas crises sobrepostas, o que torna o caso mais bicudo e complexo.
Resolver uma crise já não é fácil. Mas, imagine o leitor, o que é resolver duas em simultâneo. Ou seja, a crise da gestão financeira de um município endividado de forma penosa, num contexto de restrições nacionais conhecidas nestes dias.

O que temos pela frente vai ser duro para todos.
"correio da manhã"

Sem comentários: