14/05/2010

«Dinamizar alienando», Macário Correia

A Câmara Municipal com as receitas normais, apenas paga vencimentos de quase 1100 funcionários, não paga a fornecedores, nem resolve as carências de equipamentos e infra-estruturas que o concelho precisa.
Para as actividades necessárias o número de funcionários é excessivo.

Municípios com semelhança territorial e populacional têm menos 200 – 300 colaboradores. Quantos mais são, menos fazem, por vezes. A produtividade é baixa em termos comparativos. Mesmo os particulares, esperam por um labirinto burocrático para a obtenção de umas licenças.

Reduzir despesas, incluindo em especial as de pessoal, e aumentar receitas é a solução óbvia.
Para além da eliminação de várias despesas de limpezas, portarias e outras, é preciso também alienar património.

Neste mês de Maio e em Junho estão ao dispor dos interessados terrenos na Avenida 5 de Outubro, na Lejana de Baixo ou na Quinta do Eucalipto. Depois seguem-se as Mouras Velhas, e o Largo da Palmeira e vários outros locais.

Seja para equipamentos sociais ou para habitação esperam-se interessados.
Temos que fazer receitas e ao mesmo tempo dinamizar a economia com novas oportunidades de investimento.

Com os terrenos cedidos a associações culturais, de solidariedade social e desportivas e com a alienação de outros, estamos ajudando a dinamizar equipamentos de que o concelho carece.
As receitas das alienações do património, reverterão para o pagamento de despesas de investimento de outras associações com obras em curso.

Mas o que seria fácil com o mercado a funcionar, é bem mais difícil com a crise que nos cerca, onde todos os males nos tocam, até o vulcão islandês, os gregos e outros problemas.
Faro chegou a este ponto de dificuldades, por erros de gestão cometidos no período bom da economia de mercado. Quando teria sido fácil resolver os problemas, eles agravaram-se.
Agora temos a crise interna e a crise geral envolvente.

Nestas circunstâncias só temos um rumo a tomar, o qual tem que ser seguido com persistência e com rigor, todos os dias, até que a tendência seja clara e irreversível.
"o Algarve"

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