Uma funcionária de uma escola de Faro perdeu 40 % do dedo da mão numa máquina cortadora da cozinha. O INEM não considerou que se tratava de uma emergência e o transporte para o hospital acabou por ser assegurado por uma colega da vítima.
O acidente aconteceu anteontem por volta das 11 da manhã, numa altura em que a funcionária preparava os almoços. Maria de Fátima Norte utilizava uma máquina cortadora de legumes quando cortou o dedo anelar da mão direita. Parte do membro ficou dentro da máquina. O choque foi de tal ordem que a funcionária perdeu os sentidos. Enquanto colegas tentavam que reagisse, uma outra telefonou para o 112.
O telefonema com o INEM durou "não menos de 10 minutos e de nada adiantou", acusa a presidente do conselho executivo. Segundo Justina Mendes, "fizeram muitas perguntas, mandaram colocar um pano no dedo para estancar a hemorragia e, no final, encaminharam a chamada para os bombeiros". Estes, por sua vez, "disseram que cobraram 12,50 euros pelo transporte, mas não sabiam se tinham viaturas disponíveis para enviar para a escola".
Como o sangue não parava de escorrer, uma funcionária decidiu levar Maria de Fátima Norte ao Hospital Central de Faro na sua própria viatura, o que aconteceu "cerca de meia hora depois do início da chamada". A parte do dedo que foi arrancada foi colocada dentro de um recipiente com gelo. "No hospital informaram-nos de que não era possível a recuperação", diz Justina Mendes, confessando-se "indignada". O hospital confirmou a perda total da unha e de 40% do dedo. Maria de Fátima vai ter de fazer uma cirurgia reconstrutiva.
"Jornal de Notícias"
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