21/02/2010

Manifestação Contra o Desemprego e Precariedade



Cerca de 600 manifestantes compareceram na manifestação promovida pela União dos Sindicatos do Algarve, para denunciar desemprego e precariedade. Trabalhadores da Alisuper na primeira fila. 

“Precisamos de um plano regional de combate ao desemprego” reivindicou em declarações ao Observatório do Algarve o coordenador da União dos Sindicatos do Algarve (USAL), na altura em que chegavam ao cimo da Av. 5 de Outubro, junto à Escola Secundária João de Deus trabalhadores vindos de Lagos e Silves para participar na manifestação.
“Continua-se a ignorar uma realidade que vai piorando a cada dia que passa”, alertou António Goulart que se apoia no número de desempregados que a USAL estima em cerca de 26 mil na região, enquanto a precariedade “atinge perto de 50% dos trabalhadores”.
A situação da Alisuper, empresa de distribuição alimentar sedeada em Silves, cujo fecho está anunciado depois de a Caixa Geral de Depósitos, um dos maiores credores, não ter aceite o plano de recuperação , o que acarreta o desaparecimento de cerca de 500 postos de trabalho directos e 200 indirectos, é igualmente “preocupante”:
“Para além dos postos de trabalho da empresa estão em risco as produções hortícolas do Barlavento algarvio, fornecedores da cadeia de lojas”, cujas dívidas já superam os 12 milhões de euros.salienta António Goulart.
Numa das faixas dos manifestantes podia ler-se “Trabalhadores algarvios marafados com a CGD”. O termo 'marafado' é usado no Algarve para quem está muito zangado.
Também os enfermeiros estiveram presentes, alertando para a situação de estarem “poucos nos serviços e demais no desemprego”. No sector das pecas reivindicava-se o fim dos abates das embarcações e apoios ao combustível.
A manifestação recebeu o apoio do PCP, cujo dirigente regional, Rui Fernandes, desceu a Av. 5 de Outubro acompanhando os manifestantes.
"Observatório do Algarve"

Sem comentários: