Cerca de metade dos 48 parquímetros recentemente instalados na Baixa de Faro foi vandalizada na madrugada de ontem. As inscrições, com o tarifário e o horário de funcionamento foram tapadas com tinta verde de spray.A acção acabou por concretizar a forte contestação que a medida tem sofrido desde que a câmara a colocou em vigor, segunda-feira. E ontem surgiu mais uma polémica.
Junto ao Hotel Eva, foi instalado um parquímetro numa zona que é propriedade do Instituto Portuário do Sul (IPS) e onde o Hotel tem lugares próprios. "Pagamos, anualmente, uma avença ao IPS para dispor de nove lugares de estacionamento", explica fonte da unidade hoteleira, sob anonimato.
A direcção do hotel foi surpreendida com instalação do parquímetro no local e queixou-se ao IPS, que, por sua vez, protestou junto da câmara. "Taparam o parquímetro, com um pano preto, mas deixaram um ‘placard’ que leva os utentes ao engano, julgando ser obrigados a pagar", referiu a mesma fonte.
Igualmente polémica foi a instalação de parquímetros no largo do Carmo, que motivou um abaixo-assinado com cer-ca de 3200 assinaturas de comerciantes e trabalhadores na zona.
Jacinto Mascarenhas, prior da Venerável Ordem Terceira do Carmo, proprietária do terreno, e que negociou a instalação de parquímetros no local, não compreende a contestação. "Na zona do Alto Rodes, que não fica longe do Carmo, há estacionamento grátis", diz Jacinto Mascarenhas, que lembra a necessidade de arranjar receitas e o facto de "a Ordem ter gasto cerca de 100 mil euros a pintar a igreja e ninguém ter ajudado".
Macário Correia, presidente da Câmara de Faro escusou-se a tecer mais comentários sobre este assunto.
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