14/02/2012

Barco de 120 mil euros está parado há um ano

O barco-ambulância ‘Ria Solidária’, que custou 120 mil euros e serviria para prestar socorro aos habitantes e turistas das Ilhas Barreira da Ria Formosa, está parado desde Janeiro de 2011. Depois da extinção, em Outubro, do Governo Civil (organismo que comprou o barco), a embarcação espera que o Ministério da Administração Interna (MAI) esclareça quem ficará com a sua tutela. A Câmara de Faro está a tentar desbloquear a situação e a Marinha está disponível, mas só para comandar o barco.

"Já enviei várias diligências ao MAI, mas ainda não obtive qualquer resposta", explica ao CM Macário Correia, presidente da Câmara de Faro. A autarquia contribuiu com 3 mil euros, há poucos meses, para o arranjo da embarcação. "O barco está em excelentes condições e pronto a ser lançado para a água. Só falta a decisão do MAI", esclarece ainda o autarca.

O Correio da Manhã sabe que, em Junho, houve conversações entre a câmara e a Marinha, para estes assumissem o comando do barco-ambulância, situação que ficou em pausa devido à indefinição da tutela. A Autoridade Marítima continua disposta a colaborar, mas só para tripular o barco, pois os custos (gasolina, manutenção, etc.) terão de ser suportados pelo organismo que gerir a embarcação. O barco-ambulância esteve entregue aos bombeiros de Faro durante dois anos.
Actualmente, o apoio aos habitantes das ilhas Barreira tem sido feito por uma embarcação de salvamento do Instituto de Socorros a Náufragos.

"Não tem havido quaisquer problemas, mas não faz sentido existir um barco especialmente equipado em terra", disse Sílvia Padinha, da Associação de Moradores da Culatra, lembrando que esta embarcação era uma "reivindicação antiga".

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