Mulher seminua morta em fábrica

O corpo seminu e ensanguentado de uma mulher angolana foi encontrado, pelas 11h30 de ontem, no interior de uma fábrica de cortiça abandonada na zona da Horta da Areia, em Faro.

Helen, de 56 anos, vivia há algum tempo como sem-abrigo. O cadáver estava de bruços, em cuecas, e tinha sangue nas mãos e na cara. A Polícia Judiciária de Faro, que investiga a morte, excluiu a hipótese de roubo, pois a vítima tinha dinheiro consigo, mas admite a possibilidade de agressão ou de queda, o que só poderá ser apurado através da autópsia.

Uma equipa da PJ esteve várias horas no local a recolher indícios e a interrogar outros sem--abrigo que, tal como a vítima, viviam na fábrica abandonada.

O alerta foi dado por um popular à PSP de Faro. 

Segundo o Correio da Manhã apurou, Helen foi vista com vida na sexta-feira de manhã. Costumava ir comer à Santa Casa da Misericórdia e regressava à fábrica ao final do dia.

Pelo estado do cadáver, admite-se que a morte tenha ocorrido durante a noite de sexta-feira.

Doente psiquiátrica, Helen tinha estado internada no Hospital de Faro, de onde saiu em Novembro passado. Por razões de saúde, foi várias vezes transportada pela PSP ao hospital. Numa delas, pelo menos, devido a uma tentativa de suicídio, em que cortou os pulsos. 

A vítima tem uma filha, e o ex--companheiro, que vive em Faro, disse não saber dela há um mês. O corpo foi removido para a morgue do Hospital de Faro.