Os 15 trabalhadores que ainda estavam no empreendimento de cinco estrelas suspenderam ontem os respectivos contratos de trabalho, alegando ordenados em atraso. Segundo sabe o CM, os trabalhadores receberam o último ordenado em Novembro (referente a Outubro). Além destes, existem ainda mais seis funcionários, que terminaram os contratos entre Setembro e Novembro, que também alegam ordenados em atraso. O valor em dívida deve ascender aos 20 mil euros. O CM tentou contactar o proprietário, mas não foi possível, uma vez que o dono da unidade hoteleira já não se encontra em Portugal.
Monte do Casal em insolvência
"Tenho dois filhos, mais um a caminho, e a minha mulher está desempregada. Não sei como é que me vou governar agora". As palavras são de César Guerreiro, 29 anos, um dos 21 trabalhadores que ficou sem emprego, após a insolvência da empresa Monte Casal, que explorava o hotel de luxo com o mesmo nome, há 25 anos.Segundo apurou o CM, a empresa, do inglês William Hawkins, 56 anos, terá dívidas (à banca, Estado e fornecedores) que rondam os 800 mil euros. Há pouco tempo foi criada uma outra empresa, a Paradise Scenery, em nome do pai de Hawkins, para onde foram transferidos os contratos dos trabalhadores. Mas, nem assim foram regularizados os vencimentos.
"Ainda não recebemos o ordenado de Novembro e os subsídios de férias e de Natal", diz ainda César Guerreiro, que era subchefe de sala no hotel de cinco estrelas há 19 meses.
De William Hawkins os trabalhadores só sabem que regressou a Inglaterra. Ontem ficou definido que a assembleia de credores decorre dia 22 de Fevereiro.
Com o hotel ao abandono desde o início da semana, ontem de madrugada foi arrombada uma janela e foram furtados alimentos e garrafas de vinho do Porto. A GNR esteve no local a investigar.
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