Comboio colhe jovem

Um rapaz, de 13 anos, foi ontem, ao início da tarde, colhido mortalmente por um comboio, junto à Doca de Faro, quando seguia para a escola. O jovem passava na linha para tentar encurtar o caminho quando foi atingido. Teve morte imediata.

Bruno Fonseca esteve a almoçar, como fazia com regularidade, no restaurante ‘Faro e Benfica’, na doca, onde o pai, Carlos Fonseca, trabalha como empregado de mesa. Por volta das 14h30, quando terminou, em vez de seguir a rota habitual, e mais longa, para ir para a escola - a EB 2,3 Joaquim Magalhães, no Largo de São Francisco – o jovem, natural de Faro, decidiu encurtar o caminho e foi pelas traseiras do restaurante, onde passa a linha de comboio.

 

Segundo testemunhas, Bruno Fonseca estava perto da ponte sobre a entrada da doca, a poucos metros do restaurante, e não terá reparado no comboio, que seguia na direcção Olhão-Faro. Quando deu conta ainda tentou fugir, mas, apesar de naquela zona as composições passarem a uma velocidade reduzida, pois a estação é a cerca de 500 metros, não conseguiu escapar e foi colhido pelo comboio.

"Lembro-me de ele ter saído do restaurante a ouvir música com uns auriculares. Não deve ter ouvido o comboio", referiu, ao CM, uma outra testemunha.

O pai, que se encontrava a trabalhar no restaurante no momento do acidente, ficou alarmado com os apitos do comboio e dirigiu-se ao exterior. Quando chegou, já encontrou o filho sem vida e ficou em estado de choque. O INEM ainda se deslocou ao local, com os bombeiros de Faro e a PSP, mas apenas para prestar apoio psicológico ao pai do rapaz.