"Perto de 100% ou mesmo todos os polícias da 1ª Esquadra não compareceram aos turnos da manhã e de tarde", afirmou ao CM Paulo Rodrigues, presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP). Sem assumir oficialmente que as faltas foram um protesto, Paulo Rodrigues disse que "o que está a acontecer é o reflexo da incapacidade de alguns comandos e da direcção nacional em encontrar um entendimento sobre o horário de trabalho".
Entre outras críticas ao novo sistema, os polícias não concordam com a redução das horas de patrulha de oito para seis, "com a criação de uma ‘bolsa’ de horas", refere Paulo Rodrigues. Nessa ‘bolsa’, são acumuladas as duas horas a menos de cada patrulha e, depois, "os comandos podem utilizá-las quando quiserem, colocando os polícias de serviço em qualquer altura", acrescenta o presidente da ASPP/PSP.
Vítor Rodrigues, comandante distrital da PSP, garantiu ao CM que as faltas "não puseram em causa a segurança policial em Faro", mas remeteu mais comentários para a direcção nacional. Paulo Flor, das relações públicas da PSP, também assegurou que o policiamento de Faro "está garantido" e que, para isso, nem foi necessário "reforçar a esquadra desviando polícias de outros comandos".
Paulo Flor, que não quis quantificar o número homens que faltaram, garantiu ainda que "tudo tem sido feito no sentido do diálogo" para se chegar a acordo sobre as cargas horárias na PSP.
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