19/02/2011

Ninguém morre na Internet

José Formosinho Mealha, jornalista, morreu no último dia de Natal. Se fosse vivo teria feito 55 anos a 8 de Fevereiro. Nesse dia, a sua página no Facebook foi inundada com mensagens de «parabéns» ou «feliz aniversário» dos seus mais de 1400 "amigos". «Isso irritou-me muito», conta ao tvi24.pt Maria de Lurdes Mealha, irmã do falecido. Por isso, está decidida a tentar «apagar» o perfil de José no Facebook.

Jurista de profissão, Maria de Lurdes sabe que a tarefa não é fácil. Dois ou três dias após a morte do irmão colocou «um post» sobre o sucedido. Inicialmente, não pensou fechar a página, porque esta acabou por ser um espaço de homenagem e saudade «de quem o estimava». Mas a forma como as mensagens sobre a sua morte foram ignoradas, deixa-a indignada: «Ainda hoje recebe convites de amizade ou para jogos idiotas. Não faz sentido».

Uma amiga morreu há dois dias e Maria de Lurdes Mealha teme que também no caso dela a morte seja ignorada no Facebook. Como não conhece a palavra-passe do irmão para poder fechar a conta, o único caminho será contactar os responsáveis pelo serviço e «provar a morte do irmão»(ler mais)

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