21/02/2011

Músicos em festa na “Campanha do Tijolo”

Cerca de 500 pessoas participaram na festa dos 21 anos da Associação Recreativa e Cultural de Músicos (ARCM) integrada na “Campanha do Tijolo” que visa a recolha de fundos e apoios para a construção da futura sede. 

As contas da festa ainda não estão feitas, relativamente a donativos, mas na ocasião foi apresentada a “contabilidade” de trabalho voluntário, desenvolvido por dirigentes e activistas no “Ano Europeu do Voluntariado” que aponta para 800 horas de trabalho nos dois meses de 2011 que, se fossam pagas ao preço indicado pelo Boletim do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, custariam cerca de 6.500 euros.

Para a festa de anos subiram ao palco da sede da ARCM, criada em 1990, cerca 70 artistas “uma grande manifestação de solidariedade e reconhecimento da importância da continuidade do seu projeto cultural e associativo”, refere a recém-eleita direção da associação.

A associação já realizara em janeiro o espetáculo “Regresso às Aulas – por uma causa que é a tua casa!” onde foram recolhidos 1117 “tijolos”.


A ARCM está instalada em três armazéns na baixa de Faro, junto à estação de comboios, mas recebeu uma ação de despejo do Tribunal Judicial de Faro interposta pela empresa Cleber – Sociedade Imobiliária, da qual um dos representantes é o presidente da Assembleia Municipal de Faro, Luís Coelho, imobiliária que pretende construir um complexo de luxo a ocupar todo o quarteirão.
Embora o espaço mais visível da ARCM seja a sala de espectáculos que já acolheu concertos, peças de teatro, workshops e muitos outros eventos e é um dos maiores existentes em Faro, os ‘bastidores possuem um complexo de 18 salas de ensaio e estúdio de gravação totalmente equipado.

 Ali tocam mais de 31 bandas, que juntam mais de 150 músicos de todos os estilos musicais. Após 20 anos de existência, conta com 400 sócios, dos quais mais de cem foram conseguidos no último ano.
Os músicos até admitem sair do local, pese embora o investimento financeiro e pessoal dos sócios na recuperação e criação de condições sonoras do local, mas a troco de uma indemnização de dois milhões de euros, o valor estimado pela direção da ARCM para construção de uma nova sede. O terreno já terá sido prometido pela Câmara de Faro.

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