Consulados, partidos políticos, órgãos de comunicação social e sindicatos são apenas algumas das entidades que deverão ficar sem lugares de estacionamento reservado em Faro, agora que a autarquia quer reduzir em 30 por cento os mais de 800 lugares que se encontram atribuídos.
Neste momento, o número de lugares reservados no concelho é quase semelhante à capacidade do parque do Largo de São Francisco (900 lugares), uma cifra que o presidente da Câmara de Faro Macário Correia considera «excessiva face às necessidades colectivas» e responsável pelo «congestionamento do espaço público».
Por esta razão, e durante a semana passada, já começaram a ser eliminadas as primeiras placas indicativas de lugares reservados, que agora deixaram de ter enquadramento face ao estipulado no edital número 302/2010, publicado a 5 de Julho.
Em declarações ao «barlavento», Cristóvão Norte, chefe de gabinete do presidente da autarquia, revelou que a reorganização estará concluída no final do mês, tendo os critérios em vigor sido alvo de definição por parte da Comissão Municipal de Trânsito e Segurança Rodoviária, em reunião realizada a 11 de Março.
De acordo com a mesma fonte, até ao momento, «não existia um conjunto de regras claras que definissem as prioridades na atribuição de lugares», sendo o processo considerado «pouco claro» e «discricionário».
Agora, e face às novas normas, foram determinados sete graus de prioridade para a atribuição de estacionamentos e estipulados limites.
Em primeiro lugar na ordem de hierarquia, estão os estacionamentos destinados a pessoas com mobilidade reduzida. Seguidamente, terão direito a lugares reservados as viaturas caracterizadas pertencentes a unidades de urgência, enquanto a terceira ordem de prioridade será dada aos veículos caracterizados de organismos públicos.
Na quarta e quinta posições estarão as farmácias e clínicas, que mantêm direito a um lugar de cargas e descargas, seguindo-se na lista a hotelaria e o parque escolar.
De acordo com Cristóvão Norte, o processo não começará do zero, ou seja, os lugares reservados e considerados elegíveis face ao novo regulamento serão mantidos. As novas atribuições passarão a reger-se pela nova ordem de prioridades.
Com esta medida, poderão ser registadas mudanças em locais centrais como o Largo Pé da Cruz, onde existem actualmente 10 lugares reservados, a Rua Justino Cúmano (igual número) ou a Avenida 5 de Outubro (18 lugares).
«Esperamos libertar centenas de lugares, pois não se afigurava fundado multiplicar os regimes de excepção de molde a conceder lugares a eito a partidos políticos, sindicatos e associações, alguns com mais de uma dezena de lugares atribuídos, sendo que muitos destes espaços se avistam desocupados em períodos em que o cidadão comum anseia por um lugar para parquear a sua viatura», remata a autarquia farense.
"barlavento"
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